Do meu inconsciente
Vejo a Serra da
Barriga.
Serra negra, terra
sagrada
Serra de todos, serra
pelada.
Desprendo de mim e ouço
As fortes pisadas nas
folhas secas.
Será um negro cansado fugindo
do branco?
Ou serei eu, fugindo do
descuido humano?
Mundaú quase não te
lambe, Serra!
Mundaú está morrendo.
Daqui de cima o vejo
estreito,
Correndo devagar, sem
forças
Com os ossos que se
mostram
Sem nenhum pudor.
Cuidado Serra!
Os animais que pensam
Podem te desmatar.
Negro que lutou
para viver em liberdade.
Teus descendentes lutam
para se libertar
da ganancia dos novos Senhores
de Engenho.
Ô liberdade quase
conquistada
Não se afasta!
Não quero a liberdade
amanhã
QUERO SER LIVRE HOJE!
Rosy Bernardo
Linda poesia Rosy, parabéns...
ResponderExcluirachei linda, linda e forte.